Ribeirão Preto, 16 de Junho de 2025

Transplante de córnea endotelial


O DSAEK é o mais novo método de cirurgia avançada de córnea, indicado para tratar doenças que afetam a porção posterior (interna) da córnea , como a Doença de Fuchs e a ceratopatia bolhosa (descompensação da córnea) após cirurgias intraoculares. Na técnica DSAEK, apenas a camada endotelial, disfuncional, da córnea é substituída por tecido doador saudável , sem a necessidade de incisões na superfície ou suturas. Essa técnica resulta em um resultado refrativo e visual mais rápido e melhor, se comparado com os transplantes de córnea convencionais, também chamados transplantes penetrantes (TP)


Transplante Convencional - TP

O transplante convencional requer a remoção total da córnea do paciente, seguida de sua substituição pela córnea doadora.
Esse tecido doador precisa ser preso na posição certa através de múltiplas suturas.


Transplante sem sutura 01

Técnica DSAEK

A técnica, desenvolvida inicialmente pelo holandês Dr. Gerrit Melles consiste na remoção suave da camada interna, disfuncional da córnea e sua substituição por um botão doador, sem a necessidade de criar um flap ou de suturar a córnea doadora na receptora.

Transplante sem sutura 01

Isso é possível através da inserção da porção endotelial da córnea doadora através de pequeno túnel escleral.

Transplante sem sutura 01

Uma vez na câmara anterior, o tecido doador desdobra-se com o auxílio de uma bolha de ar, que também o pressiona de encontro à córnea receptora mantendo-o em posição até que a função natural de bombeamento endotelial seja restaurada.


Vantagens do DSAEK em comparação ao TP (Transplante Penetrante):

* A integridade do globo ocular é preservada, aumentando-se inclusive sua força tensional e sua resistência à traumas.
* Alterações refrativas são mínimas, já que a córnea do paciente permanece essencialmente intacta.
* Os problemas do TP relacionados à suturas (astigmatismo irregular, infecção, e deiscência de suturas, por exemplo) são eliminados.

O tempo de recuperação visual varia de acordo com a severidade da ceratopatia bolhosa ou do embaçamento visual antes da cirurgia. A maioria dos pacientes nota uma melhora na visão nas primeiras duas semanas após a cirurgia, que continua a melhorar progressivamente durante cerca de seis a oito SEMANAS.
Essa recuperação representa uma evolução dramática e significativa em relação ao tempo necessário para melhora visual após o transplante de córnea convencional (TP), que leva em média seis a 12 MESES.


Transplante sem sutura 01

Transplante sem sutura/DSAEK (Descemet Stripping Automated Endothelial Keratoplasty) Topo
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